terça-feira, 10 de maio de 2011

consequências do efeito iô-iô. Eu não quero, vocês querem???

Quem está acima do peso conhece muito bem o terrível efeito sanfona. Vítimas das dietas milagrosas e dos tratamentos para perder peso rapidamente, quem está acima do peso e procura voltar ao peso ideal sem considerar o tempo e as etapas necessárias para isso, acaba se deparando com esse terrível inimigo que provoca inúmeros problemas no organismo e derrota, invariavelmente, quem pensa que emagrecer é rápido e fácil abusando das dietas restritivas e da supressão drástica de refeições.

O efeito sanfona também é conhecido como “fenômeno do ioiô”. E é provocado pela perda rápida de peso com dietas restritivas ou o hábito de pular refeições. Há um emagrecimento rápido e a pessoa acha que conseguiu o seu objetivo. No entanto, ao retomar os hábitos alimentares anteriores, todo o peso perdido é recuperado de forma mais rápida ainda e, na maioria dos casos, a pessoa acaba engordando ainda mais. Mas, se eu paro de comer, por que isso ocorre?

Acontece que no emagrecimento rápido o corpo não tem como se adaptar ao “novo visual”, o nosso organismo é moldado por milênios de evolução para comer o máximo possível e reter o que puder pelo maior tempo. Isso foi conseguido através de muita privação alimentar e da evolução. Por isso, nossos hormônios e todas as substâncias e órgãos de nossos corpos, principalmente o cérebro, sabem que a privação de alimento é passageira e que o corpo deve resistir a ela o quanto puder, portanto nosso metabolismo é diminuído e o corpo passa a economizar energia; gastando menos calorias para fazer as mesmas funções do dia a dia. Assim que o suprimento de comida é restabelecido, nosso organismo estará esperando por isso e captará ao máximo todos os nutrientes disponíveis, preparando-se para uma nova rodada de “vacas magras”.

Assim, quando fazemos uma dieta baseada na redução de comida, jejuns absolutos e prolongados ou na supressão de determinados alimentos, o organismo reduz a produção de leptina (o hormônio produzido pelo tecido adiposo que leva os sinais de saciedade ao cérebro) e aumenta a concentração de grelina no sangue (o hormônio da fome). Assim, nessas dietas de emagrecimento rápido, esses hormônios desequilibrados favorecem ao paciente a “tentação” de comer muito assim que o alimento estiver disponível novamente. Provocando uma redução do metabolismo e do gasto energético do corpo e criado o efeito sanfona; pois, mesmo que você coma a mesma quantidade de antes, com o metabolismo diminuído, engordará mais rapidamente e com mais intensidade, graças ao gasto calórico menor.

Assim todo o organismo padece com esse problema. O sangue tem as quantidades de açúcar e colesterol circulante aumentadas. Além disso, a pele e grandemente afetada. Instalam-se as estrias, provocadas pelo rompimento das camadas profundas da pele pelo rápido ganho de peso após o rápido emagrecimento; a flacidez, pelo pouco tempo de adaptação que a pele teve ao perder as camadas de gordura que aderiam a ela interiormente e problemas, como a celulite, podem ser agravados; aumentando o aspecto de “casca de laranja” tão característico desse problema.



Mas, como evitar tudo isso?

Muito simples. Um emagrecimento gradual e acompanhado por um médico ou nutricionista e a introdução de verduras, legumes e hábitos alimentares mais saudáveis. Sem falar nos indispensáveis exercícios físicos que aumentarão o gasto calórico do corpo e garantirão a manutenção do peso corporal.

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